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domingo, 8 de outubro de 2017

O que aconteceu quando fiquei 6 meses sem comer nada que tivesse adição de açúcar

O que aconteceu quando fiquei 6 meses sem comer nada que tivesse adição de açúcar

Decidi largar o açúcar quando, um dia, lendo sobre nutrição, me deparei com um livro escrito por uma australiana, chamado "I Quit Sugar For Life". Me lembro muito bem que algumas horas depois disso, estava com dois amigos em um café tomando um Macchiato de caramelo, comendo doces e discutindo sobre como o açúcar é o mal do século.

Quanto açúcar pode haver em simples copo de café?

Naquele instante me dei conta de que não possuía controle algum sobre os doces que ingeria. Percebi o quanto eu era dominada pelo desejo de comer guloseimas. Esse comportamento não difere muito da típica autoenganação do viciado: apesar de saber dos vários malefícios do açúcar, sempre julguei que pararia quando quisesse. Dei um último gole na minha bebida e daquele momento em diante eu não ingeriria açúcar pelos próximos seis meses.

Os primeiros dias de qualquer detox são sofridos. Sentia-me muito cansada, com níveis de energia bem baixos e um pouco de dor de cabeça. Como sempre gostei muito de cozinhar e utilizar ingredientes frescos, não tive dificuldade em preparar receitas bem gostosas e nutritivas sem recorrer a nada que viesse em pacotes, ou seja, nada processado. Como o açúcar é adicionado a muitos alimentos que nem imaginamos, o ideal é sempre ler a lista de ingrediente dos alimentos no supermercado. Até coisas como molho para salada e ketchup tem uma grande quantidade de açúcar adicionado, de maneira que aprendi a fazer meus próprios molhos de forma mais natural possível.

Por incrível que pareça, o social foi a parte mais difícil nesse processo. Muitas pessoas passaram a me criticar, dizendo coisas do tipo 'ah, come só dessa vez', 'recomeça amanhã, hoje é sábado' ou 'nem no seu aniversário?'.

A partir do sexto dia, lembro que comecei a acordar naturalmente mais cedo do que de costume, e com muito mais disposição. Passei a sentir o gosto real de certos alimentos. Até mesmo a cenoura, que se tornou meu lanche quase diário, passou a ser mais doce. Mais adiante, percebi que meu humor melhorou muito, já que os doces nos dão um pico intenso de energia e a sensação de felicidade momentânea que é, logo após, substituído por uma queda drástica em ambos, fazendo com que tenhamos que comer mais para nos sentirmos melhor novamente.

No mundo, atualmente, existem 30% mais pessoas obesas que desnutridas, de acordo com alguns estudos. Ou seja, nossa geração é a primeira onde mais gente vai morrer por excesso de comida do que pela falta dela. E nosso estilo de vida atual, onde o açúcar está escondido em quase todo tipo de alimento, e onde em alguns lugares uma garrafa de água é mais cara que uma de refrigerante, tem contribuído para essas crescentes taxas. Sem contar a praticidade, é bem mais fácil e barato abrir um pacote de biscoitos do que ter que comprar e preparar verduras para uma salada.

Mas ninguém disse que seria fácil, bem pelo contrario. É difícil dizer não quando oferecem chocolate, dizer não para o álcool na balada, ter que procurar sempre a opção menos duvidosa do cardápio. Assim foi, até que chegou o Natal, e não consegui dizer não. Comi chocolate! Mas o aprendizado e autoconhecimento que tive durante esse tempo ficou para sempre. Consegui melhorar minha relação com a comida. Hoje, procuro evitar o máximo possível, mas a ocasional sobremesa, com moderação, é bem-vinda.

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